Amparo Sereno Rosado, professora de Direito do Ambiente no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL), foi recentemente destacada numa reportagem do jornal Público sobre os desafios da gestão de águas partilhadas e a proteção ambiental dos rios internacionais bem como participou numa entrevista exclusiva à revista Água e Ambiente, onde partilhou a sua visão sobre questões relacionadas com a gestão da água e as suas implicações ambientais.
A notícia do Público, publicada a 14 de setembro de 2024, aborda a complexidade das fronteiras fluviais e as tensões entre países na preservação destes recursos vitais.
No artigo intitulado “Águas partilhadas: Proteção ambiental dividida para manter os rios como memórias felizes”, a docente contribuiu com uma análise detalhada dos acordos transfronteiriços e das responsabilidades comuns na gestão dos rios, como o Tejo. Sereno Rosado destacou a importância de uma cooperação mais estreita entre nações, sublinhando que a falta de políticas integradas e sustentáveis pode comprometer a preservação desses ecossistemas, que enfrentam ameaças crescentes devido às alterações climáticas e à sobreexploração dos recursos hídricos.
Já na conversa com a revista Água e Ambiente, a docente destacou a importância do cumprimento das diretivas comunitárias relativas à avaliação de impacto ambiental, sobretudo em projetos de captação de água que, como o projeto no Pomarão, podem ter efeitos significativos nas bacias hidrográficas internacionais. Segundo Amparo Sereno Rosado, “a Convenção de Albufeira estabelece que projetos de captação de água que superem os 40 hm³ devem sujeitar-se a um processo de avaliação de impacto transfronteiriço”, um tema que levantou preocupações ambientais e legais no âmbito do reforço da eficiência hídrica do Algarve.
A professora frisou ainda que é fundamental que o diálogo entre Portugal e Espanha sobre a gestão dos caudais fluviais avance, de modo a garantir que projetos como este não comprometam o ecossistema dos rios partilhados.
Com uma carreira reconhecida na área do Direito Ambiental, Amparo Sereno Rosado tem-se destacado pela sua atuação na defesa de uma regulamentação eficaz para assegurar a sustentabilidade e a proteção dos rios, fundamentais para o equilíbrio ecológico e para a memória cultural das comunidades ribeirinhas.
A participação da professora reforça o seu papel como uma voz influente no debate sobre questões ambientais e evidencia a importância da educação ambiental nas instituições de ensino superior, como o ISCAL, na formação de futuros profissionais comprometidos com a proteção dos recursos naturais.
