Está em Portugal desde 2014 e no ISCAL desde setembro. “Quando cheguei a Portugal fui fazer algo que nunca tinha feito: trabalhar num call center como suporte técnico da Microsoft. Trabalhava cá, mas para o Brasil”. Sânzia Henriques veio para o nosso instituto através de mobilidade e é no Serviço de Pessoal e Expediente que a podemos encontrar.
Entrou na função pública como assistente operacional e, em março de 2020, foi convidada para os Recursos Humanos do anterior trabalho, enquanto frequentava o mestrado de Sociologia das Organizações. Sânzia conta-nos que a questão do género sempre esteve muito vincada na sua vida e, por isso, decidiu estudar esta temática no seu mestrado. “Sempre trabalhei com homens. Sou filha de um homem que tinha uma loja de peças de automóveis e sempre fui a menina que trabalhava no meio dos homens. Vestia o fato de macaco como os homens e queria ser como os meus irmãos.
Mais tarde, no meu primeiro emprego “formal” – uma empresa de transportes – tinha 58 homens e apenas duas mulheres. Aí já não queria mais ter de me vestir igual aos homens para ter respeito. Andava sempre com vestidos e salto alto”, conta a iscalina.
“Quando fui fazer o mestrado, pensei logo em estudar as profissões masculinizadas. Acontece isso em Arquitetura e Engenharia, assim como acontece o oposto em Educação e Enfermagem”, continua. No ISCAL, considera que o ponto forte é a equipa. “A equipa é uma mistura de pessoal jovem com pessoal que está cá há algum tempo e acho que isso traz um refresh muito bom”, diz.
“O dia dos meus anos é uma das melhores recordações que tenho de cá até ao momento. Desde 2003 que não trabalhava nesse dia e, ter a oportunidade de ir ao team building e passar o dia todo com os colegas, foi o que mais me marcou até agora”.
NEWSLETTER Número 11 NOVEMBRO 2022