O próximo seminário no âmbito da iniciativa “Um ODS por Mês”, que irá ter lugar no dia 14 de dezembro, às 15h30, vai debruçar-se sobre o Objetivo nº 16 - Paz, Justiça e instituições eficazes. "Reduzir significativamente todas as formas de violência e as taxas de mortalidade com ela relacionadas, em todos os lugares”, é a linha condutora de um conjunto de metas a alcançar até 2030.
Oradores:
- Priscila Caneparo | Professora do Programa de Pós-Graduação em Governança, Tecnologia e Inovação | Universidade Católica de Brasília
- João Paulo Ventura | Coordenador de investigação criminal, na área do o terrorismo e combate à criminalidade organizada | Polícia Judiciária
Moderador: Docente Francisco Nicolau Domingos – ISCAL
ID da Reunião: 865 6509 8336
Senha: 944266
O mundo atual está longe de ser justo, pacífico e inclusivo, quando assistimos as milhões de pessoas, principalmente crianças, vivendo em zonas de conflito e em sociedades instáveis. Segundo o Relatório da ONU 2021, no final de 2019, 79,5 milhões de pessoas haviam sido deslocadas à força, o equivalente a 1% da população mundial. A pandemia COVID-19 veio expor as desigualdades e agravar ainda mais a situação.
Se antes, a violência contra as crianças era generalizada, afetando as vítimas independentemente de riqueza ou posição social, com a pandemia assistiu-se a um aumento da violência e dos abusos contra as crianças.
Em 2018, cerca de 5 em cada 10 vítimas de tráfico humano eram mulheres e 2 em cada 10 eram meninas. Em 2018, 1 em cada 3 vítimas de tráfico, eram crianças. Assistiu-se também ao aumento do trabalho infantil que, em 2020, atingiu a fasquia dos 160 milhões. Prevendo-se que os impactos da COVID-19 possam empurrar cerca de mais 8,9 milhões crianças para o trabalho infantil até o final de 2022, já que as famílias enviam crianças para trabalhar em resposta às perdas de emprego e rendimento.
Por outro lado, a corrupção e o suborno, atingem as sociedades mais pobres, que de acordo com os dados mais recentes disponíveis, para o período de 2011 a 2020, atingem cerca de 37,6%, em comparação com 7,2% dos países mais desenvolvidos. Os dados de 145 países e territórios, analisados entre 2006 e 2020, indicam que quase uma empresa em cada seis em todo o mundo está sujeita a solicitações de funcionários públicos para pagamentos de suborno.
