Quinta da Regaleira
Chegado o bom tempo e os dias cada vez maiores apetece sair de casa e fazer um bom passeio, de preferência ao ar livre e em contato com a natureza. A uns escassos quilómetros de Lisboa fica a bela Vila de Sintra, lugar de palácios, lendas e de exuberante vegetação. É neste idílico cenário que proponho uma visita a um dos seus mais misteriosos e fascinantes palácios, a Quinta da Regaleira.
O Palácio da Regaleira, ou Quinta da Regaleira como é conhecida atualmente, foi construída por António Augusto Carvalho Monteiro, o Monteiro dos Milhões, como era conhecido na época, devido à sua enorme fortuna, com a ajuda do arquiteto italiano Luigi Manini. A Quinta da Regaleira é um conjunto arquitetónico cheio de simbolismo e misticismo que reflete a paixão de um homem pelo esoterismo, pelas antigas religiões e ordens iniciáticas.
Chegando à Quinta e após adquirir o bilhete de ingresso, professores têm um desconto de 50%, vire à direita e percorra um curto troço até ao poço iniciático, lugar de iniciação alquímica onde o visitante é convidado a descer nove patamares, tal como no Inferno de Dante, e percorrer as galerias subterrâneas cobertas de pedra calcária trazidas de Peniche por Carvalho Monteiro para depois emergir, ou “renascer para a luz” , num lago rodeado de vegetação luxuriante.
Pode ainda visitar a Capela, atenção ao “Olho de Deus” que se encontra no teto logo à entrada e que passa despercebido, o Patamar dos Deuses, a Casa Egípcia, o Palácio, as várias grutas que existem espalhadas pela Quinta ou simplesmente deambular e encontrar um recanto para descansar ou disfrutar da vista.
Depois de terminada a visita à Quinta da Regaleira, e se ainda tiver tempo e disposição, pode dar um salto ao recém-aberto Palácio Biester ou comer um travesseiro. Seja qual for a escolha será com toda a certeza um dia muito bem passado.
Deixo uma sugestão de leitura para quem quiser conhecer melhor a história da Quinta da Regaleira e a sua simbologia – Os Jardins Iniciáticos da Quinta da Regaleira do autor José Manuel Anes. Edições Esquilo.