Coura é amor!
“Coura é amor!” Não há outra forma possível de começar a escrever sobre ele. É nas margens do rio Taboão que a magia acontece desde 1993. No anfiteatro dos sonhos há espaço para tod@s, porque a permissa é só uma: ser amante de música.
Como diz o escritor Valter Hugo Mãe: “Coura são as termas da música. O tratamento para todas as patologias operado pela maturação dos sons no esplendor da paisagem. Devíamos ir a Coura com receita médica, dias de folga em todos os serviços, sem descontos nem prejuízos”. É mesmo isto! Uma espécie de medicamento que abafa todos os obstáculos que se possa ter – pelo menos durante esses dias. Falar do “Couraíso”, como muitos o definem, é falar das noites frescas nos braços do Taboão e das manhãs ensolaradas, do cheiro a natureza, da dança, da água gelada e do frenesim no corpo à espera da melhor batida, da vila e dos seus habitantes, da mítica rampa a que ninguém escapa e da dona Graciete, que já é da casa e por quem tod@s têm um grande carinho. Coura é um festival feito de emoções, é aquele amor de agosto, a paixão que ninguém quer deixar ir. É viver edição após edição como se fosse a primeira vez. Ali, no habitat natural da música, há lugar para se ser o que quiser. São quatro dias de retiro espiritual, se o quiserem assim chamar.
E, por tudo isto, é que dizem que “Coura é amor!” Um amor e alegria que se vê nos olhos de quem nos acolhe desde os primeiros dias naquela vila situada em pleno Alto Minho e da tristeza que sentem ao ver- -nos ir esperando voltar a ver-nos no ano seguinte. Coura será sempre amor! À música, à natureza e às suas gentes.