Os docentes do ISCAL, João Geraldes, Carla Martinho, Anabela Batista e Cândido Peres, bem como o docente e presidente do instituto, Pedro Pinheiro, estiveram presentes no Fórum Mundial para a Cidadania e Educação, que decorreu nos dias 22 e 23 de novembro, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
João Geraldes, CEO da 2B-On, participou como moderador na mesa redonda do tema "A evolução tecnológica vs a Cidadania e a Educação" e no painel "O papel estratégico da Ciência dos Dados e da Monitorização na Educação e na Cidadania", onde a professora Carla Martinho também esteve presente.
Neste painel ("O papel estratégico da Ciência dos Dados e da Monitorização na Educação e na Cidadania") discutiu-se, entre muitas outras coisas, que deter dados está longe de deter alguma informação. A ciência dos dados não é uma novidade para nenhum dos conferencistas convidados - o professor Nuno Crato referiu que atualmente só é realizada com meios mais poderosos e inovadores. A professora Carla Martinho falou das técnicas que utilizou para tratar um milhão e setecentos mil registos de dados educacionais e da formação que hoje é necessária que cada professor adquira para fazer face aos novos desafios da educação e da cidadania.
Já a docente Anabela Batista deu o seu contributo noutro painel ao falar da sua experiência sobre "Pedagogia na Educação Pós-Graduada", onde o professor Cândido Peres esteve como moderador.
"É um tema que me diz muito, porque tem a ver com a minha recente formação. Fiz mestrado ao nível da área do ensino e comecei a perceber que efetivamente, a nível do Ensino Superior, na minha opinião, em termos de componente pedagógica acabamos por não ter muita formação. Por ter tido recentemente a experiência consegui perceber que a pedagogia é algo que devia estar mais vincada na formação dos docentes do Ensino Superior e, concretamente, ao nível da formação pós-graduada, porque fala-se muito da componente científica - e é uma área muito importante - mas a pedagogia, os métodos de avaliação, as práticas de ensino, a relação ensino-aprendizagem, é algo que deve ser explorada e que só aprendemos com a componente pedagógica. Considero que o Ensino Superior caminha nessa direção, mas ainda não é uma área muito enraizada como se vê no ensino de 1.ºciclo e Secundário", afirma.
Pedro Pinheiro, por sua vez, trouxe-nos a sua reflexão sobre a importância do desporto na formação e cidadania dos jovens.
Para si, "o desporto escolar tem uma característica que o desporto de competição não tem que é o facto de ser transversal. Todos passam por ali, quer os que têm mais jeito quer os que têm menos aptidão, porque o foco não é colocado no resultado mas sim na experiência e em tudo o que esta pode trazer ao indivíduo e à sua formação. O aspeto principal no desporto escolar nada tem a ver com a formação teórica nem com o desenvolvimento físico e motor. Há aqui um conjunto de outros aspeto que são valorizados e, portanto, logo aí tem uma característica que o desporto federado não tem - este exclui crianças, jovens, em função de determinados critérios".
Pedro Pinheiro afirma que no desporto escolar aprendem valores tão importantes, como por exemplo, a tolerância. "Quando entramos no nível de competição isto não existe", diz. "Alguns estudos mostram que, por vezes, existe uma igualdade de oportunidades".
O Fórum Mundial para a Cidadania e Educação é um evento organizado pela Virtual Educa e do Instituto Nacional Eleitoral do México que conta com o apoio institucional do Ministério da Educação.
