Decorreu esta segunda-feira, dia 21 de março, no Auditório I do ISCAL, pelas 15h00, a apresentação da candidatura à Presidência do ISCAL do atual Vice-Presidente do instituto, professor Pedro Pinheiro. Um evento organizado pelo Conselho de Representantes e que contou com a presença dos restantes Orgãos de Governo, estudantes, docentes e funcionários do ISCAL.
Esta candidatura surge, segundo Pedro Pinheiro, na sequência de aproximadamente oito anos de trabalho diário, mas também do desafio proposto por um conjunto de colegas e estudantes que consideraram ver reunidas as condições para continuar a desenvolver o ISCAL.
Para o atual Vice-Presidente, a sua candidatura rege-se segundo quatro valores, sendo eles: transparência, respeito pela diversidade, valorização das pessoas e ambição.
"Não podemos esquecer que o ISCAL é composto por pessoas e tem como missão capacitar pessoas, sendo que muitas vezes é perdido o foco relativamente aquilo que de mais precioso temos: as pessoas.", afirma Pedro Pinheiro e continua: "É necessário valorizar o trabalho desenvolvido diariamente por docentes e não docentes, muitas vezes em condições longe de serem as ideais, assim como o esforço desenvolvido pelos estudantes, também eles nem sempre com todas as condições reunidas para potenciarem as suas capacidades".
A valorização de toda a comunidade conduzirá, na sua perspetiva, à valorização do ISCAL e ao aumento do sentimento de pertença a esta organização.
Quanto aos princípios e valores institucionais, a sua candidatura assenta nos seguintes: serviço público, competência e responsabilidade, igualdade, diversidade e inclusão, democracia e participação, ética, avaliação, excelência do ensino, bem como na investigação e desenvolvimento, abertura e participação na sociedade, responsabilidade social, cultura de mérito, cooperação e intercâmbio científico.
Após partilhar uma análise SWOT do ISCAL, apresentando aquelas que, na sua opinião, são as forças, fraquezas, ameaças e oportunidades para a instituição, Pedro realçou como oportunidades a necessidade urgente de tornar o ISCAL uma IES internacional, abrindo portas à internacionalização do seu ensino (incoming e outgoing), nomeadamente no que respeita à melhoria e incremento das parcerias com instituições estrangeiras, assim como o aproveitamento do reforço da dotação orçamental europeia para a ciência, tecnologia e inovação.
Para si, a marca ISCAL tem visibilidade e reconhecimento externos, o que constitui inegavelmente a maior força do Instituto. No entanto existem algumas fraquezas destacando os insuficientes níveis de internacionalização, os escassos índices de produção científica de qualidade, a pouca oferta de formação não conferente de grau, a capacidade limitada de atração de financiamento europeu e o ainda número insuficiente de docentes com situação estável do ponto de vista do vínculo contratual.
Assim, as linhas orientadores apresentadas na sua candidatura, centram-se fundamentalmente nas áreas do Ensino e Formação, na Investigação, Inovação e Desenvolvimento, na Internacionalização e na Organização, Comunicação e Imagem e Relação com a Comunidade.
"Considero prioritário criar condições para que o ISCAL se afirme como um Instituto de Ensino Superior centrado na qualidade e na inovação do seu ensino, comprometido com as aspirações dos estudantes, dos docentes, dos não docentes e da sociedade, com a finalidade de captar e formar os melhores", confessa. Quanto à promoção da investigação, diz: "É primordial importância para o desenvolvimento do ISCAL. O reconhecimento externo, junto dos seus stakeholders, exige que os docentes do ISCAL se assumam como investigadores de elevado nível nas respetivas áreas de conhecimento".
Já do ponto de vista organizacional, torna-se, para si, imperativo pensar numa gestão mais racional dos recursos de forma a colocar o foco na satisfação dos destinatários.
"É necessário dotar a estrutura organizacional de um maior número de recursos através de concursos para pessoal técnico administrativo, de forma a suprir algumas lacunas existentes em alguns serviços e ainda reconhecer o mérito e dedicação diária daqueles que connosco colaboram".
Apresentadas os principais eixos orientadores, houve ainda um momento de partilha de ideias e de questões, ao qual Pedro Pinheiro aproveitou para voltar a sublinhar: "Vamos precisar forçosamente de mais recursos não docentes. Estes colegas que estão aqui connosco são o dia a dia desta instituição - são quem faz a instituição movimentar-se diariamente - mas precisamos de mais recursos. Precisamos também de recursos docentes diferenciados em algumas áreas. Não tem de ser mais, tem de ser diferente, focados na instituição. Queremos, no fundo, pessoas que contribuam para ela, que pensem diferente, façam diferente mas acima de tudo façam-no para o bem da instituição", terminando:
"No fim do mês, temos de pensar que as nossas decisões têm de ser para colocar o ISCAL um passo mais à frente. O que tento propor com este projeto é uma nova atitude para esta instituição. A única forma de crescer é se todos trabalharmos juntos, por isso, isto é um projeto de pessoas para pessoas".